27/02/2012

Três conversas

Três conversas que tipicamente azedam com os meus compadres e as minhas comadres da esquerda: a conversa sobre o nacionalismo linguístico, e assim, em sítios como a Catalunha; a conversa sobre o estado de Israel; a conversa sobre o casamento (a propos do "casamento gay"). Tenho a crítica dos nacionalismos bem incorporada, não preciso de a aplicar dogmaticamente; idem para a crítica da política israelense face à Palestina; idem para uma visão historicamente crítica da instituição do casamento. Acontece é que ser progressista não é pertencer a um clube, mas ser capaz de olhar o mundo com os olhos dos outros e ver complexidades. Aprendi com os amigos e amigas catalães, de esquerda, a defender as suas reivindicações nacionais; aprendi com muita gente israelense a favor da paz a criticar ambos os lados da paranoia; e aprendi com a vida a perceber a força libertadora das reivindicações de igualdade. À esquerda, as automáticas torcidelas de nariz perante certos tópicos são tão da ordem do preconceito e da ignorância como à direita. Hélas.

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