15/03/2012

Isilda e Otelo

À direita, Isilda Pegado. À esquerda, Otelo Saraiva de Carvalho. A primeira apostando na adaptação lusa do militantismo fundamentalista dos evangélicos americanos. O segundo apostando numa espécie de voluntarismo militar de esquerda, já visto em mil partes do mundo. Isilda não tem ponta por onde se lhe pegue. Otelo terá sempre o meu respeito pelo 25 de abril - mas a minha - enorme - suspeita pelo seu comportamento ao longo do PREC e depois. São duas figuras públicas portuguesas que se destacam pela adoção de retóricas e performances à margem do sistema, por assim dizer. Um certo instinto poderia levar-me a "respeitá-los" por isso. Mas não: o que dizem, o que fazem, quando o dizem e quando o fazem, apenas manifestam uma irracionalidade cujo autoritarismo e autoconvencimento só são camuflados pela estreiteza de vistas que, felizmente, a cobertura mediática ainda deixa transparecer. São, em linguagem corrente, "cromos". Não caiamos no erro de os subestimar por isso e, ao mesmo tempo (e não sem algum paradoxo), não deixemos de gozar com eles. Em tempos como os atuais, precisamos de humor. Nem Tristão e Isolda, nem Otelo e Desdémona. Bem mais patético: Isilda e Otelo, os extremos da lusa "doudice". Alguém se voluntaria para escrever o libreto duma opera buffa sobre este duo, entre o policiamento dos úteros e os chaimites nas ruas?

2 comentários:

  1. Santa Isilda... Minha santinha, tua cabeça tem tanto como meus bonecos aquecidos de plasticina...

    salva nossas famílias com teus pregões mais fortes que penicilina...

    Santa Isilda doudinha, astuta salazarenta, nunca te vi por perto, nem quero... mas cada frase que agora digas, cascavel te saia da benta...

    ihihiihihiihihihi

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  2. por essa ópera Callas e Tebaldi não rivalizariam!!!

    o problema do país é cromos a mais... estúpidos que causam a admiração e respeito de outros estúpidos ou de seres de incerteza, pegados à saraiva, assim andamos...

    amanhã é sábado, depois é domingo... chove em Budapeste, aqui não sabemos...

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