12/04/2012

humor

Para fazer humor como deve ser é preciso ser inteligente. O humor é mesmo sinal de inteligência. Da pura e simples, claro, mas também da que vem do conhecimento e da cultura. Que não tem de ser bizantina ou intelectualóide ou na moda. Basta - aliás, deve ser - o resultado de um estudo feito com gosto e com trabalho, ou de uma reflexão sobre a experiência de vida (como acontece com algumas formas tradicionais e populares de humor). É por isso que  a maior parte do que por aí se faz, desde que houve o boom de stand-up, não é humor. Na ausência de inteligência, resta a laracha. É por isso também que Ricardo Araújo Pereira se destaca. Porque é um intelectual (quer ele goste, quer não; e porque "intelectual", ao contrário do que a larachice nacional pensa, não é defeito, é qualidade). 

1 comentário:

  1. esta sua reflexão e a anterior têm realmente muita "solidez" e sem nostalgia fazem parte de um todo que devia ser o sentir e o viver quotidiano ,mas em que o quotidiano é um atentado à inteligencia e à sensibilidade.subscrevo,melhor sinto-me real mente acompanhado com o que escreve ,o que vai emitindo como se se tratasse de um amigo com as implicitas afinidades

    ResponderEliminar